Vamos acabar com as birras!
As famosas birras fazem parte do quotidiano de todas as famílias com crianças pequenas. Surgem nos mais pequenos pela sua capacidade limitada para lidar com as frustrações de forma positiva, para se autorregularem e pelo vocabulário reduzido que integram e refletem o modo como gerem os sentimentos mais complexos. No entanto, fazem parte do desenvolvimento normal da criança e devem ser vividas como tal. Por isso, nestes momentos, é importante tentar compreender a criança, tendo presente que a forma como o fazemos terá um grande impacto na pessoa em que se tornará.
Para ajudar os papás nestes momentos difíceis, apresentamos algumas estratégias que podem ser utilizadas com as crianças na hora da birra ou até naqueles dias em que o seu pequeno acorda “com os pés de fora”. Seguem-se, então, algumas das nossas propostas:
Todos a bordo no comboio da diversão!
Selecione três ou quatro paragens. O destino é secreto, apenas a mamã e/ou o papá sabem onde vão parar. As paragens podem incluir o parque infantil, uma loja de brinquedos ou até uma ida à praia. Surpreenda o seu filho! Mantenha-o curioso e qualquer mau-humor irá rapidamente desaparecer. O comboio da diversão vai arrancar para a sua próxima viagem!
Caixa dos sorrisos
Criem a vossa própria caixa dos sorrisos. No seu interior estarão papelinhos com sugestões de patetices, inventadas em família. Quando o seu filho estiver mal-humorado ou prestes a começar uma birra, sugira-lhe tirar um papelinho da caixa. Frases como “faz a cara mais pateta que conseguires” ou “faz uma dança maluca” irão animar a sua criança.
O livro das piadas
Esta é simples. Escolha um livro de anedotas que toda a família possa compreender. Quando o seu filho estiver mal humorado pegue no livro e leiam piadas em voz alta para toda a família.
Cantar para animar
Quando o seu filho estiver chateado, mal-humorado ou a fazer uma birra, cante! Cante bem alto, de forma intensa e dramática. Pode fazê-lo enquanto prepara o jantar, dobra a roupa, arruma o quarto,… Na pior das hipóteses, ele vai perceber a patetice da mãe e rir-se de si; no melhor dos cenários, acabam todos às gargalhadas!
Uma visita à loja dos animais
Uma solução infalível para acabar com o mau humor dos mais novos é uma visita à loja de animais. Muitas lambidelas e amor à mistura. O problema está resolvido!
Seja pateta e faça-o rir!
Finja que tropeça, vá contra alguma coisa. Faça-o repetidamente, de forma exagerada e engraçada. O seu filho vai achá-lo um patetinha. Demonstre sempre que não está realmente magoado, para não o preocupar. Ele irá rir-se muito!
Vamos fazer pão
Prepare massa de pão. Convide o seu filho a brincar com ela. Podem escolher a cor, cortá-la, fazer diferentes formas, misturar cores e até cozinhá-la. Vai ver que ele se vai distrair e divertir, sem espaço para birras e chatices.
A caixa das coisas boas
Ao longo do ano convide o seu filho a colocar numa caixa papelinhos com todas as situações boas que vivencia. Quando ele estiver chateado ou até triste, mostre-lhe a caixa, incentive-o a retirar um papelinho e a relembrar coisas boas. Nos papelinhos pode ler-se, por exemplo: “brinquei com uma amigo”, “visitei o oceanário”, “andei de baloiço”. O seu cérebro vai inundar-se de sentimentos bons e automaticamente ficar mais feliz.
Tudo de pernas para o ar
Se realmente o seu filho está num dia mau, vire o dia do avesso. Pegue no seu filho, rode-o para um lado e para o outro. Faça-o girar algumas vezes. As crianças costumam adorar este baloiçar. Atire-o ao ar e agarre-o. Façam muitas piruetas. É impossível o mau-humor persistir.
Tudo a dançar
Quando o seu filho estiver mal-humorado coloque uma música que ele conheça bem alto. Conte devagarinho até três e toda a família deve dançar. 1, 2, 3,… Festa da dança! Funciona sempre!
Experimente estas ideia. No momento da birra tenha paciência, respire e recomponha-se. Fique do lado da sua criança e tente compreendê-la. Pode ainda assistir ao nosso vídeo “O que dá origem e como lidar com as birras” e, caso ache necessário, visitar-nos para uma consulta SOS Birras.
Não perca também a minha entrevista ao Notícias Magazine, no artigo “A paciência de (bem) gerir birras“.