Pare de reagir!

Nós sabemos que quando o dia não corre assim tão bem e os nossos pequenos estão a fazer uma birra, porque não querem isto ou aquilo, a raiva vai crescendo dentro de nós, em alguns mais rápido que outros. Infelizmente, por vezes “vomitamos” essa raiva em cima deles. Tal como pedimos aos mais pequenos para não estarem com raiva, para não baterem, nós adultos não podemos descarregar a raiva para cima dos mais pequenos. Enquanto pais passamos a vida a tentar protegê-los, seja no carro, seja na rua, seja em casa e às vezes esquecemo-nos de os proteger de nós próprios… quando não queremos que os nossos filhos tenham medo de nós.
Se vissemos a nossa cara em certas ocasiões até nós ficávamos com medo… não está certo descarregar a raiva e dizer coisas como, por exemplo “estás a deixar-me com raiva, vou-me passar por tua causa”. Mas não é por causa deles! Às vezes é difícil de admitir mas a raiva cria-se dentro de nós e da interpretação que fazemos em relação à circunstância.
Eu sei que muitos de nós podemos ter uma história de vida mais complexa, por vezes vimos de casas onde não tínhamos voz quando eramos pequeninos e tinhamos que fazer tudo o que nos mandavam. Mas temos que arranjar forma de libertar dessa raiva sem ser em cima dos nossos filhos…
No momento em que o meu filho está a fazer uma grande birra e eu estou a ver tudo desarrumado à minha volta e não estou a conseguir responder, começo a sentir a energia a subir e a sentir que vou descarregar, a primeira coisa que tenho a fazer é parar. Se for preciso retiro-me da cena e digo à criança “Neste momento não estou a conseguir resolver isto, não estou a conseguir falar contigo. Vou 5 minutos lá dentro e volto já.”.
A seguir é importante respirar, isto vai ajudar que as suas emoções acalmem, vai ajudar com que deixe de pensar com o cérebro reptiliano, como os mais pequeninos, e passe a pensar com o seu cérebro racional. Isto vais permitir que avalie a situação de um ponto de vista mais lógico, mais racional, sem literalmente atropelar tudo e descarregar no seu filhote.
Na terceira fase vamos voltar à cena, vamos falar com os nossos filhos, vamos nos conectar com eles. Pode ser o momento de pedir de desculpa, por exemplo. Explicar que não estivemos bem, que não havia razão para estar assim tão nervosa. É também importante perceber o ponto de vista da criança, coisa que muitas vezes não temos capacidade de o fazer, pois não nos colocamos nos “sapatinhos” deles.
Os nossos filhos não têm culpa da nossa vida passada, nem da nossa experiência que nos tornou de algum modo mais emotivas ou mais reativas.
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