Dia internacional da família
Hoje comemora-se o Dia Internacional da Família que, como facilmente imaginarão, é um tema que me é muito próximo. Diariamente acompanho Famílias de diferentes tipos ou como prefiro designar: diferentes arranjos familiares. Na nossa sociedade moderna são vários: famílias de casais heterossexuais, de casais homossexuais, de casais divorciamos, mono parentais, etc…
É, porém, um tema que, em alguns casos, ainda se reveste de um algum preconceito ou ideias pré-concebidas. E acho que devemos todos fazer um esforço por desmistificar estes novos arranjos familiares, sobretudo, em benefício dos nossos Bebés!
O que sabemos em termos de ciência…
É que não existe diferença absolutamente nenhuma entre o desenvolvimento dos Bebés criados no seio de Famílias homossexuais relativamente aos que convivem com Famílias heterossexuais. Na verdade, em termos de competências parentais o que realmente importa é a forma como a criança se relaciona com os Pais e, depois, a forma como os Pais se relacionam entre si. E nesta relação o género será irrelevante!
Existem imensos estudos desenvolvidos com crianças e até com adultos que foram criados por famílias homossexuais e o que se percebe é que se tratam de pessoas (crianças ou adultas) muito mais tolerantes e capazes de lidar positivamente com a diferença.
No caso das Famílias em que os Pais se tenham divorciado…
O importante, mais uma vez, é a forma como os adultos gerem a relação entre si. O Bebé, dependendo da idade, não tem a conceção da separação mas sente toda a ansiedade vivida pelos Pais. Na realidade, e contrariamente, aos ditos populares, o Bebé não precisa mais de Mãe! Precisa, sim, muito de Mãe e, sim, muito de Pai! E em situações de separação cabe aos Pais colocarem acima de tudo os interesses do Bebé. Sei que poderá ser muito difícil porque eles próprios estão a passar por uma fase de adaptação… mas, para o Bebé, mais do que ter os Pais a viverem juntos, importa a relação equilibrada que eles conseguem manter entre si.
No caso das Famílias monoparentais…
O que deverá, e acaba por acontecer, é o Bebé desenvolver uma relação com uma figura paternal – um tio, por exemplo. O que importa perceber é que, todos nós, para crescermos, precisamos de mais do que um modelo. O sexo dos modelos não é assim tão importante mas a diferença na forma como cada um vê o mundo é que fará a criança crescer.
Nenhum destes arranjos familiares é melhor ou pior, desde que a criança tenha vários modelos para crescer de uma forma saudável.
Feliz Dia Internacional da Família, para todas as Famílias, todos os dias!