Um movimento para combater o COVID-19
Os nossos governos estão a ter muita dificuldade em conter a propagação do SARS-CoV-2 e conter a pandemia do COVID-19. Reações lentas, políticas públicas de apaziguamento e um desejo de estabilizar a economia impedem-nos de tomar as medidas necessárias para proteger milhões de pessoas desta doença. É hora de nós, como cidadãos deste planeta, agirmos agora e fazer a nossa parte no combate ao COVID-19.
Vamos ser francos: Por favor fique em casa
O manifesto de quarentena voluntária
Uma vez que ainda não existe um tratamento eficaz e a vacina pode demorar pelo menos um ano a sair, a única forma eficaz de manter a epidemia de coronavírus sob controlo é dar ao vírus menos hipóteses de propagação. A lista que se segue de ações, ordenada da mais fácil de implementar à mais eficaz na luta contra a pandemia, deve servir como um conjunto de diretrizes para as pessoas que desejam aderir ao movimento e agir, enquanto os responsáveis continuam a negligenciar.
- Não entre em pânico, mas esteja alerta.
- Lave as mãos frequentemente e quando tossir ou espirrar faça-o para o braço.
- Tente tocar o rosto o menos possível, incluindo a boca, o nariz e os olhos.
- Pratique o distanciamento social, sem abraços e beijos, sem apertos de mão, sem cinco. Se necessário, use alternativas mais seguras.
- Não vá a concertos, peças de teatro, eventos desportivos ou quaisquer outros eventos de entretenimento de massas.
- Evite visitar museus, exposições, cinemas, discotecas e outros locais de entretenimento.
- Fique longe de reuniões e eventos sociais, como reuniões de clube, serviços religiosos e festas privadas.
- Reduza ao mínimo a quantidade de viagens. Não faça longas distâncias, a não ser que seja absolutamente necessário.
- Não use transportes públicos, a não ser que seja absolutamente necessário.
- Se puder trabalhe a partir de casa. Incentive a sua entidade patronal a permitir trabalho remoto, se possível.
- Substitua o maior número possível de interações sociais por alternativas remotas, como telefonemas ou conversas por vídeo.
- Não se esqueça de se abastecer de comida e água.
- Não saia de casa se não for absolutamente necessário.
Lembre-se de que não há ações certas ou erradas a serem tomadas. Faça aquilo com que se sente confortável e que não ponham em risco a sua forma de sustento. Não se despeça do trabalho mas tenha em conta que todos os comportamentos contam.
Por que é tão importante
O SARS-CoV-2 é um vírus altamente infeccioso e potencialmente mortal que causa uma doença respiratória chamada COVID-19. Você pode conhecê-lo por 2019-nCoV, novo coronavírus, coronavírus Wuhan, China ou gripe Wuhan, ou simplesmente coronavírus. Todos eles se referem ao mesmo vírus que este movimento está a tentar parar.
Nos últimos meses e semanas, o vírus e a doença associada foram comparados repetidamente com o vírus influenza e a gripe sazonal. Devido à sobreposição de sintomas e gravidade aparentemente semelhante, essa comparação ocorre naturalmente para muitas pessoas. No entanto, tendo em conta ao que sabemos até agora sobre esse novo vírus, a ameaça que ele representa para a sociedade não é facilmente descartada.
- Mais contagioso do que a gripe
Com um R0 estimado entre 1,4 – 6,49 e uma estimativa média de 3,28 [1], o SARS-CoV-2 é muito mais infecioso e espalha-se muito mais rápido do que a gripe sazonal, que tem um R0 mediano de 1,28 [2].
- Mais mortal do que a gripe
A chamada taxa de mortalidade de casos (CFR) da SARS-CoV-2 é estimada em cerca de 2%, o que significa que, infelizmente, cerca de 2% das pessoas diagnosticadas com COVID-19 irão sucumbir. Em comparação, a CFR da gripe sazonal é estimada em cerca de 0,1%, isto significa que a SARS-CoV-2 estimadamente é cerca de 20 vezes mais mortal que a gripe sazonal.
- Possibilidade de sintomas graves
Estima-se que 15 a 20% dos indivíduos infetados sofrem de sintomas graves que requerem atenção médica, incluindo pneumonia com falta de ar e diminuição da saturação de oxigénio no sangue.
- Sem tratamento, sem vacina, sem imunidade
Como o SARS-CoV-2 surgiu recentemente, não há tratamento bem estudado para o COVID-19 e são necessárias mais pesquisas para tratar as pessoas infetadas de forma eficaz. Da mesma forma, ainda não existe vacina para SARS-CoV-2 e o desenvolvimento dessa vacina levará um tempo significativo. Sem vacinas e sem imunidade prévia e disseminada, qualquer pessoa é um alvo suscetível à infeção. Embora a maioria das pessoas infetadas sofra apenas de sintomas leves, essa falta de imunidade pode levar a doenças graves numa quantidade significativa de indivíduos em risco.
- Crescimento exponencial
Devido à falta de imunidade a esse novo vírus, a totalidade da população humana é o limite superior de possíveis infeções. E embora o crescimento exponencial pareça lento no início, pode levar a números insondáveis em pouco tempo. Com o número de pessoas infetadas atualmente a subir para o dobro em poucos dias, os nossos sistemas médicos estarão potencialmente sobrecarregados, o que levará a um maior número de mortes, devido ao fato de as pessoas não receberem os cuidados de saúde que precisam.
Ao aderir a este movimento e, portanto, limitar as possibilidades de novas infeções, não está apenas a proteger-se a si, mas também a ajudar a conter e limitar a disseminação para todos os outros, especialmente aqueles que correm maior risco de sofrer graves consequências desse vírus.
Se se importa com esta causa, partilhe-a nas redes sociais, via e-mail ou apenas conte a seus amigos e familiares. Mas #PorFavorFiqueEmCasa. #StayTheFuckHome
Adaptação e tradução de https://staythefuckhome.com/