Baby News- Música na UCI
Investigações recentes, mostram que a música nas unidades de cuidados intensivos neonatais, contribuem para acelerar a melhoria do estado de saúde dos bebés. Esta prática foi pioneira na Flórida e está a expandir-se por outros locais.
Durante séculos, as canções de embalar têm ajudado os bebés a adormecer. Mas só à cerca de duas décadas é que a pesquisas mostram que estes tons calmos, principalmente para os bebés prematuros, têm tido um enorme impacto nas suas vidas.
Rich Moats, coordenador do programa de musicoterapia da AdventHelth Orlando, refere que os bebés prematuros da unidade de cuidados intensivos neonatal são pacientes únicos. A barriga das mães é o ambiente mais seguro para o bebés e quando eles vêm para o exterior, ter de lidar com todos os estímulos novos, pode ser muito stressante para eles, sendo que o stress pode dar origem a danos cerebrais. O tratamento com musicoterapia começou a ser feito à cerca de 20 anos, após perceberem que os bebés que nascem prematuros têm 50% mais probabilidade de mais tarde, necessitarem de educação especial. O sistema neurológico num feto desenvolve-se apenas no 3º trimestre. Deste modo, os bebés que nascem prematuros, têm o seu cérebro a desenvolver-se num ambiente hospitalar e artificial. Isto pode conduzir a problemas respiratórios, a um ritmo cardíaco instável… O facto que estarem a passar por vários procedimentos cirúrgicos, pode até fazer com que a associem o toque à dor.
Os estudos revelaram que a música nestas condições, abafa o som da maquinaria das unidades de cuidados neonatais e resultando num menor tempo de internamento até cerca de duas semanas mais cedo.
A musicoterapia começou a mostrar tantos benefícios que passou a ser realizada nas unidades de cuidados intensivos neonatais em vários hospitais, tendo sido até criado em 2005 o National Institute for Infant and Child Medical Music Therapy.
Vários terapeutas foram formados neste Instituto. A formação é extremamente importante, já que, por exemplo, se houver uma exposição demasiado grande à música, isso também pode danificar o cérebro. Segundo os pesquisadores, cada bebé desenvolve-se ao seu ritmo e a música deve ser aplicada de maneira especifica para cada um.
A musicoterapia ajuda também a que os mais construam uma maior conexão com o bebé, uma vez que, no início, quase nem lhe podem pegar, por estar numa incubadora. È também uma preciosa ajuda na transição do hospital, para casa e para o ambiente familiar.
Veja algumas atividades com música para o desenvolvimento cerebral no nosso blog.