Sabia que o que dizemos aos nossos filhos à mesa pode ser tão importante como a comida que estamos a servir?As mensagens que sem querer passamos na hora da refeição têm um impacto poderoso no comportamento alimentar das crianças. Vejamos aquilo que devemos evitar:O típico, “Se comeres a salada tens direito a sobremesa no final”. Qual o problema desta frase?! É que, em principio não deveríamos usar a comida como recompensa ou punição de qualquer comportamento alimentar, para além disso , estamos a elevar a sobremesa a um estatuto super especial, qual prémio de desafio superado! Ou seja estamos a enviar a a mensagem de que existem coisas horrorosas de comer e coisas saborosas…“És tão esquisito!” . Isto porque em todos os campos incluindo a alimentação colocar um rótulo no comportamento da criança não traz benefícios nenhuns (mesmo quando a criança tem de facto um espectro de alimentos que gosta reduzido), o que vamos conseguir é reforçar a ideia que o seu filho tem de si próprio, tipo “Eu sou uma criança que não gosta de um monte de alimentos e tem medo de tentar coisas novas.”, o que nos vai dificultar a vida a todos.“Mais cinco garfadas de frango e três de arroz”. Apesar de a intenção ser boa, ou seja estamos a tentar criar um balanço positivo entre o que a criança comeu e o que consideramos que seria o razoável para as suas necessidades nutritivas, mas ao mesmo tempo, em particular em crianças pequenas, estamos a dificultar o desenvolvimento da capacidade da criança de se autoregular e perceber que comemos quando o nosso cérebro nos dá sinais de fome e que paramos quando ele nos dá sinais de saciedade.“Não vais gostar!”. Mesmo que tenha 99% de certeza que o seu filho não vai gostar desse novo alimento, nunca desencorage a possibilidade de experimentar, para além de que podemos ter que provar cerca de 15 a 20 vezes um alimento para definir uma preferência de paladar!E já sabem, se a coisa ai por casa andar difícil, poderão sempre marcar uma Consulta SOS Papas e esclarecer todas as dúvidas.Boas papas!